USF Oceanos

A Unidade de Saúde Familiar Oceanos iniciou a sua atividade assistencial no ano 2000, ainda como RRE, e mais tarde em 2008, como Modelo B, na Missão para os Cuidados Primários do Ministério da Saúde. Somos 25 elementos (nove médicos, nove enfermeiros e sete secretárias clínicas) organizados por equipas de saúde multidisciplinares direcionadas para os cuidados de saúde primários ao utente/ família/ comunidade.

A USF Oceanos está integrada na Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE, que inclui o Hospital Pedro Hispano e restantes Unidades de Saúde do Concelho de Matosinhos. Esta relação próxima dos Cuidados Primários e Hospital proporciona um acompanhamento integral dos utentes da comunidade nas diferentes fases da vida e na prevenção, tratamento, recuperação e continuidade de cuidados.

quinta-feira, 24 de março de 2016

Vacinação BCG


A estratégia de controlo e eliminação da tuberculose na comunidade tem como pilares fundamentais o diagnóstico e o tratamento precoces dos doentes, a terapêutica sob observação, o rastreio de contactos, o rastreio ativo de grupos de risco, a quimioprofilaxia e as medidas de controlo de infeção associada aos cuidados de saúde.

Em Portugal tem-se verificado uma redução da incidência da tuberculose nos últimos anos, tendo sido atingido, em 2014, o valor limiar (20/100.000 habitantes) para que o País seja considerado de baixa incidência.

Simultaneamente com a redução da incidência foram-se cumprindo os critérios para o controlo da tuberculose recomendados pela OMS, nomeadamente a existência de um sistema de vigilância eficaz e uma incidência anual de meningite tuberculosa, em crianças com menos de 5 anos de idade, inferior a 1:10.000.000 habitantes, nos últimos 5 anos.

A OMS e a UNICEF recomendam que países com baixa incidência e que cumpram os critérios de controlo da tuberculose, adoptem uma estratégia de vacinação de grupos de risco.

Por sucessivos impedimentos/incumprimentos no fornecimento da vacina BCG por parte do Laboratório Statens Serum Institut da Dinamarca, desde maio de 2015 que a vacina não está disponível em Portugal. Após pesquisa do mercado internacional de vacinas BCG, que é limitado, e em alinhamento com o INFARMED, I.P. e a Comissão Técnica de Vacinação (CTV), foi decidido adquirir vacina BCG produzida pelo Japan BCG Laboratory.

Dado que o País já atingiu bons níveis de controlo da doença, as vacinas ora adquiridas destinam-se a crianças pertencentes a grupos de risco para a tuberculose uma vez que beneficiam individualmente com a vacinação.

Os critérios para a vacinação baseiam-se no quadro I e anexo I da Norma da DGS para a BCG 06/2016.

Por uma questão de organização eficiente, pois cada ampola contém doses para várias crianças e existe um número significativo de crianças a vacinar, após referenciação as crianças serão convocadas em grupos de 6 a 8, por isso os pais com crianças de risco deverão aguardar contacto tendo em conta que os dados de contacto usados serão os do processo familiar que deverão estar actualizados.


quarta-feira, 23 de março de 2016

Elogio fúnebre à colega secretária clínica da USF Oceanos, Elisabete Monteiro


No passado dia 05/02/2016 silenciou-se para sempre esta nossa colaboradora, colega e amiga.
Este trágico acontecimento atinge-nos profundamente, porque perdemos uma companheira trabalhadora e sincera, com quem partilhamos muitos momentos de trabalho árduo, aventuras e desventuras, nestes vários anos de caminho conjunto.

O seu voluntarismo e paixão pelo trabalho, e as suas gargalhadas ficarão sempre gravados na memória da nossa equipa.

Demasiado cedo dizemos até sempre… e até um dia, Elisabete.

A equipa da USF Oceanos
                                                             


terça-feira, 22 de março de 2016

Chegou a Primavera e com ela mais alegria... ou será alergia?



Chegou a Primavera e com ela um aumento tendencial da presença de pólenes no ar.
A liberação de pólen pelas árvores ornamentais e outras plantas, comum nesta época do ano, aliada aos ácaros, que se intensificam na mudança de estação, pode causar sensibilização alérgica e aumentar os sintomas em quem já tem alergia.

​Os pólenes são a principal causa das alergias em Portugal. Um terço dos portugueses sofre de rinite alérgica entre outras doenças alérgicas e apresentam limitações na sua vida diária como consequência delas.

Uma forma de perceber e diminuir sintomas é saber os níveis de pólenes na sua zona ou para locais onde irá viajar em Portugal através do site da Rede Portuguesa de Aerobiologia. É um serviço público gratuito disponibilizado pela SPAIC – Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica. Pode aceder pelo link:


O que acontece no nosso corpo?

«Ter alergias na primavera é ter a vida afetada, é deixar de ir, de fazer, de viver», descreve Mário Morais de Almeida, presidente da
SPAIC. Em doentes alérgicos aos pólenes, «situação que poderá interessar a dois milhões de portugueses», esta época do ano torna-se a mais problemática, pois em «cada contacto com estes agentes, que se encontram muito concentrados na atmosfera, o organismo como que explode numa resposta exagerada, tentando combater a agressão, espirrando, tossindo, obstruindo as vias aéreas (o que leva à falta de ar), coçando e produzindo secreções», explica. O alergologista esclarece ainda que, ao contrário do que geralmente se pensa, «na alergia existem defesas a mais e não falta das mesmas».

O que fazer?
- Descubra se é alérgico sem saber
Se suspeita ter uma alergia respiratória (devido a sintomas como espirros, prurido nasal, tosse e fadiga), deve ir ao especialista. Cerca de 40% dos pacientes com rinite podem ter asma associada a tosse, dor no peito ou fadiga.

- Não se resigne
Há uma «falsa sensação» de que as alergias respiratórias têm pouca importância, no entanto, cerca de 50% dos pacientes apresentam limitações na sua vida diária.

- Siga o tratamento indicado
A expressão «a alergia passa com a idade», está, de acordo com Mário Morais de Almeida, «muito distante da realidade». Saiba que existem medicamentos muito seguros e eficazes, que «não dão sono, não alteram o apetite e dominam a alergia». Existem também vacinas antialérgicas que «podem modificar o curso das alergias e quase que podem levar à sua cura», refere o especialista.

- Escolha o exercício adequado
Exceto quando está sob uma reação asmática, é bom praticar desporto para melhorar a resistência do organismo. A natação é uma boa opção.

Possíveis  sintomas a que deve estar atento, uma vez que estes caracterizam as diferentes doenças alérgicas:

- Rinite alérgica

Nariz tapado, comichão, espirros e pingo no nariz, logo que o alergénio entra no nariz levado pelo ar.

- Conjuntivite alérgica
Inchaço, vermelhidão e comichão em ambos os olhos, num determinado ambiente, local ou época do ano.

- Asma
Tosse, falta de ar, chiadeira no peito, que surge subitamente, em determinados locais, após constipações, com o exercício ou no local de trabalho.

- Dermatite atópica
Também chamada eczema, surge com vermelhidão, comichão, descamação da pele, por exemplo na face, dobras dos cotovelos ou joelhos.
- Urticária
Alergia da pele que provoca manchas e pápulas que dão muita comichão. Os episódios são, muitas vezes, desencadeados por infeções, certos alimentos, medicamentos e stresse.

- Anafilaxia

É a forma mais aparatosa e grave da alergia. Surge em poucos minutos após
o contacto com o elemento que provoca a alergia (alimento, medicamento, picada de abelha ou vespa, contacto com borracha/látex, entre outros fatores), com inchaço, calor, urticária, espirros, falta de ar e sensação de desmaio.
Se não for tratada imediatamente com adrenalina injectável, esta alergia pode levar à perda de consciência, choque e acabar por ser fatal.

- Sinusite e otite média
Apesar de, por si só, não serem doenças alérgicas, com muita frequência associam-se e complicam a rinite. A inflamação aguda ou crónica das cavidades em volta do nariz, atrás das maçãs do rosto e nos ouvidos, é muitas vezes uma extensão da inflamação alérgica que, pelo seu carácter crónico, facilita as infeções.

Artigo baseado no texto de Cláudia Vale da Silva com Mário Morais de Almeida (presidente da Sociedade de Alergologia e Imunologia Clínica) em Prevenir